sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Pinga fogo

se é pra pedir alguma coisa para 2011, lá vai:

continue a ser 2010, um processo continuo, e tudo vai dar certo!

Um FELIZ e PRÓSPERO 2011 para você, o meu vai ser #amém

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Checando itens

Várias são as listas de final de ano: de presentes, de contas, de férias, do próximo ano, de projetos abandonados e concluídos.
"2010, 2010, o que terá sido você?!" Válida a pergunta, especialmente quando já se avança pela segunda quinzena de dezembro.
Evidentemente, coisas foram conquistas, outras perdidas ou abandonadas. Quais são elas? Foi algo consciente? Sabia-se exatamente as consequências das escolhas. Claro que não. Quem de nós é capaz de saber o futuro com precisão? De saber exatamente qual foi a escolha que fez tudo mudar? Pior, e se foi o outro quem escolheu por nós o que se pode fazer? E se ele não escolheu por você mas, com a escolha dele, influiu diretamente no seu próximo passo.
É, coisas da vida.

Não que só se pense na vida próximo do reveillon mas, assim, a expectativa do novo nos faz pensar no que temos, ou tivemos, e no que ainda queremos ter. Mas essa é uma data que do mesmo jeito que o Natal, conforme alguns dos post antigos, deveria se repetir várias vezes, à livre escolha. Podemos muito bem definir uma data para ter novas expectativas. Costuma ser doloroso constatar que o que se tem não agrada, e sabe-se lá de onde vem forças pra mudar algo depois disso, mas também tem a chance de gostar do que se vê.


Metendo a colher:
Sem saber que antecipava o reveillon, em março eu criei essa data na minha vida, e a revisei em julho, tracei metas, mudei rumos, andei por outros lugares, vi novas cores, tomei novos ventos, ouvi novos sons. Confesso que agora, em dezembro, faço a revisão quase que por obrigação social, por costume, e agora olhando posso dizer: gosto muito do que vejo.
Meu 2011 começou cedo, com um semestre de antecedência. E eu curti isso.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A voz do coração

Repensado as coisas, fica evidente o quanto tudo já estava claro, o quanto tudo era anunciado.
A escolha das palavras, das canções, nada era inútil ou desmedido. Um se achava racional. E o outro, lhe dirá: "Não, não foi assim tudo calculado." Será? Será, que pode se dar, assim, tanto crédito ao inconsciente?! Seria justo com eles dizer que tudo não passou de intuição, instinto ou pulsão? Da simples busca, até inocente, pode-se dizer, do que o coração sabia querer e a cabeça fingia não perceber.
O homem tem o livre-arbítrio, concedido por Deus - ou por ele mesmo na tentativa, instintiva, de assegurar e delimitar o seu espaço, o seu lugar, o que é seu - mas ele pode mesmo escolher quando e como usar? É sempre que se pode escolher o que viver ou como?
Se souber como escolher e usar, então de fato as coisas não são uma mera combinação de fatores distintos, que se unirão aleatoriamente e que a qualquer momento pode se desfragmentar. Mas se não, tudo bem. Qual a importância do caminho que se fez até chegar nesse momento? Pode-se dizer que toda? Prefiro dizer que muita. Observar o que se tem e o caminho percorrido, parece permitir visualizar o que está por vir. Então dirá: "Eu sinto, vejo e quero ter!"
Como alcançar? Já se alcançou, estava tudo claro desde o início. Só não viu quem não quis ver.

Sem determinismos, nem sempre se escolhe. Sentir é algo que não se escolhe. O que sentir também não.
Sem conformismo, isso não é ruim! Permitir-se sentir o sol e a chuva, experimentar voar.. ouvir letra e canção.
Poucas coisas podem permitir ser livre assim. É bom saber que elas estão, todas, por aqui.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sob o sol

Ai, eu disse que é difícil escrever quando se está bem, mas isso é tão injusto comigo e com a vida. Afinal, por que ter registrado os momentos de tristeza, apreensão, dor e angustia e esquecer as tardes de domingo que deveriam se estender e durar mais que uma tarde? Quero um dia, quando se tornar lembrança poder acessar isso, ter um caminho que me conduza até esses dias ensolarados e quentes.
Não é que eu vá esquecer o que tem acontecido, mas por que não registrar e poder voltar aqui nesse dia e momento? Se a idéia é não perder lembranças o melhor é tratar de escrevê-las. 
Quer coisa mais triste que viver com quem só reclama, sempre tem problemas e nunca nada está bom?! E deixar de anotar, meio que me dá a impressão de que estou fazendo exatamente isso: reclamando do que tenho tido, dos dias de sensação de andar de bicicleta com o vento no rosto, esquecendo disso. Eu nem pensava  em ter que esquecer você e, confesso, não penso e não pretendo esquecer.
Apesar de toda a chuva que tem caído, os dias tem tido tanto sol, tanta cor, tanta vida, tanta poesia e tanta música que é um pecado dos grandes não compartilhar. Sem nomear o santo, posso muito bem narrar da joaninha vermelha, das coincidências, da disposição e alegria aos sábado e domingos de manhã, simplesmente porque haverá a tarde.  

As vezes, passa-se tanto tempo buscando a alegria de viver, perseguindo ela como se fosse um algo que se encontra. Tolice, ela está ali, no tédio bem vindo, no silêncio compartilhado que não incomoda, no olhar que nos desvela e invade, simultaneamente (?)!

Então é isso, se antes eu conseguia ver os problemas nas coisas agora vejo as alegrias, se antes escrevia das tristezas posso, teoricamente, muito bem escrever das alegrias. Que seja assim, amém!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quanto tempo me resta?
Quanto tempo me resta para fazer as coisas que quero, viver a vida que sonho, sentir os cheiros que passam e o gosto que nem suponho existir?
A pressa nunca me pareceu a melhor das companhias, mas a espera indeterminada já me acompanhou por tempo suficiente. Ha-ha "tempo suficiente" qual é mesmo a minha idade?! Mas o tempo não se mede em anos, essa foi uma invenção do homem só pra facilitar a contagem das coisas e o controle, possivelmente, eu diria, por alguém que se configurou como um dos primeiros egoístas de marca maior. Ele deve ter sido o primeiro a querer dizer, como quem canta uma grande vantagem, que tinha alguns animais, alguns metros de terra, muitos dinheiros no banco, um bom nº de filhos, alguns carros, e outros tantos vários objetos.
Pena que ele se perdeu. Deveria, na verdade, ter contabilizado as cores do dia, os aromas das comidas, os sorrisos sinceros, os beijos roubados, dados e recebidos, os abraços apertados, as tarde de céu cor-de-rosa... A sensibilidade não é algo que se possa abandonar ou esquecer na gaveta. Deve nos acompanhar, sempre, a todo lugar e momento. E quando nos sentirmos como quem não sente mais, como um ser que apenas passa pelos dias, um após o outro, como se isso fosse viver.. é, algo está muito errado por aqui.
Esperar o momento de viver é outro ato comum, fica-se esperando que o próximo dia, mês ou ano, venha com toda a felicidade ainda não vista, como criança que espera o Papai Noel. E aí, Le Petit Nicolas, já disse o quanto é duro esperar o Natal...
"Quanto tempo me resta?" é a pergunta errada. Deveria me perguntar é "como viver o tempo que me resta?". A vida quantificada, medida e calculável não me prece ser a das melhores... Eu quero a qualitativa.
Busco poder dormir em paz, satisfeita com as pequenas - ou seriam grandes? - conquistas e prazeres vivenciados diariamente. Tenho conseguido. Cores, toques, sons, sentimentos conciliados de forma incrivelmente fantástica e com vários pequenos natais.
"Cem anos medianos, ou cem dias intensos?", essa não é, definitivamente, uma pergunta que eu leve a sério. Não sei qual caminho é o mais fácil, ou o melhor, se é que ele existe. Só sei que se forem mesmo caminhos diferentes, quando for a hora de escolher, acredito que não vou vacilar: que sejam cem dias, desde que eu possa sorrir sem culpa!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Quem vos fala é...

Nos posts anteriores eu vim falando várias coisas que me parecem ser boas pra vida, de como acredito que as pessoas devem ser, agir. Muito mais de como não deve ser do que de como ser, afinal se eu soubesse a receita...

Mas, de repente, o vazio de me ver só cresce - cresce tanto - e o mundo fica gris e gelado. O vento corta, machuca a carne, o frio tira o ar e o silêncio é ensurdecedor.
E, não tão tarde assim, pergunta-se: quem é essa? Não se pergunta seu nome, seus atributos, pergunta-se quem é?
Perguntinha ordinária, quase tão difícil de responder quanto conjugar o verbo amar. Mas algum dia aí pra trás eu contei que o meu projeto é esse, e que infelizmente o aviso do Carpinejar chegou atrasado.. eu já me encarei, ja me perguntei que sou. Tarde mesmo.
Porque não me identifico com a maioria das descrições que fazem de mim, chego a perguntar se realmente estamos falando da mesma pessoa. Só que sempre paira a dúvida se eu mesma sei de quem se trata, ou se é a que acredito saber a que pretendo ser. Quem é capaz de me conhecer? Reconhecer, não sei se ainda é possível, vale lembrar do "quem te viu, quem te vê", mas como me conhecer?
Cada dia parece ser mais difícil.
Aliás, atualmente, só uma pessoinha consegue me ver e não sou eu..

domingo, 24 de outubro de 2010

O que lembrar? O que esquecer?

Sempre tive uma pirraça com esse negocio de ditos populares. Tá que a cultura é algo que gosto, respeito e admiro, mas daí acreditar que aquelas frases tão simplórias, que transmitem um conhecimento não se sabe de quem, nem de quando, devem e podem guiar sua vida, ah.. aí, já é pedir muito!
Um dos que mais tem me assombrado recentemente é aquele tal do "recordar é viver". Ôh coisinha pra ecoar.. e de tanto ficar ecoando, acabei discordando!
Como assim recordar é viver? Claro que tenho lembranças, não pretendo esquecer as coisas que vi, vivi, ouvi e senti porque estão no passado. Mas passar todos os meus dias do presente querendo rever, reviver e relembrar palavras, cheiros e gostos, não dá. Não dá, porque não é justo com o passado que "passou não voltará" e, principalmente, não é justo com o presente. Afinal, se parar a vida pra ficar lá, vivendo do recordar como pode ser possível depois ter novas coisas para recordar?!
Não, não quero, nem posso acreditar que devo mesmo reviver assim, tão intensa e incessantemente, o passado. 
Sabe, as pessoas tem que entender que o que se viveu não tem que durar pra sempre pra ser de verdade. Nem que o só pode ter sido bom caso se repita, caso se diga e repita que foi infinitas vezes. É preciso, a meu ver, aprender a viver com o que se teve, e foi bom, do jeito que foi, sem querer retocar, consertar ou completar. Porque nem sempre a versão acaba é a que se gosta mais, às vezes, bom mesmo é o croqui - com todas as linhas de construção ali, aparentes, revelando o tremor, a incerteza quanto a forma e a vontade explícita de se conhecer o objeto.
O que vai ficar e o que não, do que se lembrar e do que se esquecer, essas são perguntas que não pretendo responder. Só sei que respeitar sentimentos e escolhas do passado serve pra fortalecer quem se é e quer ser.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais uma vel(h)inha

Talvez seja a ausência de rugas que me permita pensar assim, mas envelhecer é um máximo!
Aí, essas pessoas do mundo que ficam aí se esticando não sabem mesmo observar o que o tempo é capaz de proporcionar. Já faz algum tempo que censuro essa postura, à lá Peter Pan, de querer incessantemente a juventude - possivelmente por ver, pessoalmente, o estrago que isso causa - mas o fato é que querem. O medo moderno é o medo da velhice, e aí as pessoas passam a vida na academia, deixam de comer coisas inacreditavelmente deliciosas e gordas, combatem tudo o que é natural e se adquire com o tempo - de cabelos brancos a pneusinhos - em nome da tão falada juventude.
Se for pra ter a juventude das capas de revista, eu não quero. Não mesmo que a felicidade pode estar restrita a isso. Pílulas da juventude, peelings, máscaras, tratamentos, roupas jovens, músicas jovens, o carro dos jovens, a vida dos jovens. Não, a vida dos jovens deve me bastar enquanto eu for jovem e na medida em que eu for capaz de ser jovem.
O mais engraçado é que ter me descoberto, recentemente, uma jovem não me fez temer a velhice.
Não sei se vou cultivar uma cabeça branca, mas cada dia mais tenho sede de viver o dia que vou poder olhar e ver tudo como parte de mim, e que as crises são reduzidas a um simples pranto, lamento, ou nem serão lembrados O dia que algumas rugas e a pele flácida nada serão, pouco efeito terão, diante de tudo que sou, vivi e construí. Quero o dia que o sol, quero andar sob o sol.

Só não quero nunca me perguntar "onde estão os dias de felicidade?" e constatar, ou dizer: "antes desses".

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

So I cry, and I pray, and I beg

Não, a música não vai continuar, quero só essa frase mesmo.
Gente do céu, quantos giros a vida dá?! [pensei em usar "voltas" mas aí lembrei da música tema da Jade.. desisti] Quando finalmente se espera um momento de quietude e paz, aquele de respirar fundo e sentir o vento, eis que surge um tornado gira tudo muito, mas muito mesmo, funciona quase como um liquidificador sem tampa: gira tudo, tritura, joga pro alto e de repente tudo voa pelo teto e cai no chão estatelado.
Confusa essa construção? Pode até ser, mas é algo bem próximo disso que se sente.

Como assim as pessoas tentam resumir a vida ao que é palpável? Elas deviam ver mais as cores, sentir os aromas, o vento, ou fechar os olhos e tentar ficar o máximo de tempo sem dormir mas de olhos fechados, só sentindo. Perceber o mundo que rodeia a ela mesma, o mundo que ela habita, o espaço que ocupa.. Isso é se conhecer, é ser.
Como pretende alguém viver sem esse momento de paz para perceber as coisas? Eu, particularmente, aprecio bastante esses momentos, mas ele deve existir no pós-liquidificador. Tá, na verdade o pós-liquidificador costuma ser a hora que se utiliza a tríade do título. Chorar de desespero, rezar e implorar por mudanças. Parece triste, mas nem é. De que adianta ir vivendo no automático, sem observar nada do que passa? Definitivamente não desejo isso a ninguém. Só que ao mesmo tempo, pelas pessoas que já vi, vivi, e conheci, sei que grande parte não sabe fazer isso. Simplesmente passa na vida, achando que vive horrores, mas se você pergunta: "lembra o gosto?", "lembra o perfume?", "lembra?" a resposta é "não, não e não". Isso quando elas não são do tipo que para tudo da vida a todo momento pra racionaliza e classificar.  Tenho por essas pessoas tanto dó quanto posso sentir. Espero e desejo a vida com tudo o que ela puder ter e proporcionar: palpáveis ou não.
Esse trio aí não é um gabarito universal para a resolução dos problemas, funciona melhor que muita coisa. 

ps: o palpável tem muita graça, é verdade, mas todo o resto imaterial, ao ser relembrado, traz uma sensação muito melhor.

sábado, 9 de outubro de 2010

E viva o 9 de copas!

Está ocorrendo um revezamento quanto ao tipo de mídia, mas a mensagem continua a mesma: CURTA A VIDA! Bom, menos mal, assim não fica parecendo uma fixação, ou coisa do tipo. Devia mesmo ser uma pessoa bem chatinha e bitolada, pela frequência que nos últimos meses essa mensagem tem sido repetida... melhor acreditar!
Mas assim: não é só pra mim, a dica fica pra todos que -como eu- tentam racionalizar todas as coisas e criar elos de causa e efeito com os acontecimentos da vida. É difícil desligar disso, confesso, mas é melhor tentar.

"GOZE A VIDA!
O 9 de Copas emerge como arcano de conselho neste momento de sua vida. Trata-se de um aviso para que você possa gozar melhor os prazeres da vida, permitindo-se situações e encontros que lhe proporcionem felicidade. Você merece, após tantas coisas, passar por uma fase de satisfação do ego. Divirta-se! Procure, neste momento, afastar-se voluntariamente das coisas e pessoas que lhe causam desprazer. Estimule tudo o que lhe parecer satisfatório, principalmente no que diz respeito à satisfação dos sentidos: as coisas belas, gostosas, estimulantes. Observe também que, quando nos colocamos na direção da felicidade, muitas pessoas tentam nos dar opiniões insolicitadas, nem sempre com más intenções, que – se ouvidas – nos afastam dos nossos verdadeiros objetivos. Confiança, portanto, em sua própria intuição!

Conselho: Procure se dar prazer sem culpa. Curta a vida!"

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Quando será o Natal?

Le petit Nicolas foi um excelente filme [os franceses sabem como fazê-los], e das várias coisas ótimas que o Nicolas disse durante o filme vou usar uma para estruturar minha argumentação. Em determinado momento, ele diz que algo que quer muito "demora mais que esperar o Natal". Grande verdade, o que mais desejamos simplesmente parece que nunca vai chegar e acontecer! E o pior, ou melhor, passa tão rápido. De repente o sol já desponta, o tempo acaba e você ainda não viveu metade do que esperava tem que se contentar que acabou.
Mas o que define quando é o Natal? Não o cristão, mas o individual, o seu, o meu, o do outro.
Certamente não segue o calendário cristão, talvez o astrológico.. mas se ater a uma só variável.. duvido que seja assim e, se for pra depender de uma só, que seja da autodeterminação. É que basta você olhar para o que quer, para o que elegeu que deve ser seu, para que depois de um trabalho nesse sentido consiga de fato.

E se quiser mais de um Natal por ano, por que não? Se existe o carnaval fora de época, qual o problema de um 'natal' fora de época? Ahhhh, queira sim! Entretanto, não queira só pelo presente, pelo embrulho, eles são lindos e ótimos, mas queira pela expectativa, pela incerteza e pela surpresa que virá. Da mesma forma que existem anos em que o 25/12 é super, também existem os que são mixos e mesmo assim esperamos o próximo. Várias foram as vezes que Nicolas perguntou se seria hoje ou amanhã em vão, mas no dia que era não teve duvida: correu feliz na direção do que queria, sem duvidar.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Quem te viu, quem te vê (!)

Vivendo aí, até! Tão e tanto quanto posso.
Mas sempre tive a sensação de ser velha, gostos que não coincidem com a faixa etária: música, lugares, cores e sabores. Entretanto, não considerei [ou considero] um problema. Até gosto, faz parte da minha construção de identidade, e como aprecio o que é diferente, reluto em ser semelhante aos outros [quero ignorar minha mortalidade e insignificância no meio de todos], quero o inesperado, o inusitado, o imperfeito. E espero o trio IN sem desespero, com uma calma que, imagino, só os mais velhos podem ter.
Só que foi bem divertido hoje me deparar com três pequenas linhas, que me fizeram rejuvenescer não sei quantas décadas:
"não tenho mais idade
pra brincar de esconde-esconde
vem me pegar"
Gente, como de repente pude me descobri uma jovem, quase criança, correndo aí pela vida! 
E essa ai, da coluna à direita, sou eu, recém descoberta jovem. Louca pra correr!Esbanjando juventude.

Pra terminar:
"Pensar é estar doente dos olhos." Alberto Caeiro. 
E se é assim, acabo de positivar o que já vinha fazendo e, sem saber da frase, escolhido acreditar. Nada de pensar, racionalizar, colocar em planilhas e gráficos comparativos. Nada de organogramas, fluxogramas e afinas. Agora só vivo o que eu puder ver, e sem me cegar com pensamentos. Eles ficam pra depois. Foi assim que aprendi em algumas aulas na FDUFMG, a realidade fática é diferente da norma. Digamos que no momento, quero me preocupar apenas a realidade fática, deixo a norma pra depois.

sábado, 25 de setembro de 2010

"E a vontade de ser, onde pode levar?"

Parei pra pensar na loucura que todos os seres vivem em busca do que querem, individualmente, sem se preocupar com as pessoas à volta, vivendo exponencialmente a filosofia do "carpe diem". Nenhum problema com o "carpe diem" só que, sei lá, Horácio não deve ter pensando com um viés individualista. Contextualizado, como epicurista que era, é possível compreender o que ele disse mas, tanto tempo depois, a brevidade da vida ainda assusta. Mas, como andei dizendo por aí, a expectativa de vida hoje é muito grande! Pode ter pressa mas nem precisa tanto, né?! 
No melhor clima "a juventude escorrendo nas veias" as pessoas resolveram ampliar a fase da vida em que não querem se preocupar com as conseqüências. Só que elas deviam se lembrar da expansão da expectativa de vida, e do fato que, ser jovem aos 50 ou ser jovem aos 20 tem sim diferenças! Aproveitar o hoje não pode significar ignorar completamente o amanhã. Existe um meio termo [espero que exista]. 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tão só...

"Eu vou só

Vou buscando um tempo de sonhar

Vou chegar

Vai saber

Que muda o dia de qualquer um

Se o sol chegar, é bom

Tudo é melhor

Com essa cor" 

Como faz quando o coração aperta, fica pequeno e parece que some?
É a pergunta que quero responder. Por mais que eu continue vendo as cores do mundo - o céu sem nuvens, o sol, os ipês indecentemente amarelos -, a sensação é que tudo está cada dia mais gris. Caminhar sozinha nunca tinha me parecido ser um  problema, ou sempre tratei de ignorá-lo, "vai saber". O fato é que os dias estão cada dia mais pesados, mesmo com todo o apoio de quem surge e habita minha vida.
A vontade de chorar é cada dia mais forte, e dessa vez não tenho chances de dizer que a culpa é da minha tpm, ela já foi, passou, sequer fez assim tanta diferença. O choro que me acompanha é o mesmo que já estava antes. 


Vivo nas 
Nuvens 
Como chuva
E delas despenco 
Quando choro."


Chega uma hora que não dá mais pra esconder e enganar, nem a mim mesma. Caio das nuvens, onde me escondia, e  pranto é tanto que os olhos até mudam de cor, fica tão gris quanto um dia nublado. E tudo fica  nubuloso, o dia, os olhos, a vida. Amigos ajudam, é fato, mas existe um momento [que sempre chega] que eles não bastam. Não que sejam poucos, não que sejam pouco, não que não saibam de abraçar, ouvir, falar e calar. A verdade é que quero ser amada e sentir amor, foi essa hora que chegou. Não dá mais pra querer sublimar, eu já estou vendo amor onde não tem. 
A solidão já não me completa, ou deixa feliz, ter um espaço pra chamar de meu, só meu, já não é suficiente. Quero ter alguém com quem somar, multiplicar e dividir. Quero alguém que eu possa cantar que serei o que ele quiser, desde que me de seu amor, e não mais cantar que a reza é tardia e ele não vem.
O verbo difícil esse tal amar... 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Hora de jogar fora, nada de reciclar

A verdade, é que tenho muitas idéias do que escrever, coisas que se passam diante dos meu [lindos] olhos e que penso, chego a escrever textos mentais razoavelmente extensos, mas aí quando chego... todo o movimento cessa.
Então nesse tempo já tive pautas e pautas, sobre o que não gosto, o que me encantou, o que [acho que] aprendi... Só que mais uma vez o Capinejar me instiga e mudou meus planos. estava eu lindinha chegando em casa, e abro o meu twitter [só pra me informar dos acontecimentos recentes] dou de cara com o que? "Eu me preparei tanto pra viver que fiquei no rascunho."
Tá, sem desmerecê-lo, não é nada muito profundo ou complexo, só que coisas como essa, teoricamente simples, devem ser repetidas com certa - e diria maior - regularidade. E não tenho me cansado de repetir isso. Repito pra mim mesma, paras pessoas que quero cuidar, mas todas nós insistimos em fingir não ouvir. #comofaz Mais uma vez, devo frisar, não pretendo aqui encontrar soluções [sem fazer o charminho de outros que ficam um mês dando aulas e insistem que não sabem conceituar a matéria], mas também nada de conselhos do psicólogos de tv que te dizem para "ser racional, evitar o apego", que ser humano passa pela vida sem se apegar? [esses comentários, travestidos de conselhos, sempre me soam ineficientes]
Já disse isso, ou ficou implícito em algum post anterior, sou [ou era] aquela que confirmava a regra sendo a exceção, sempre olhei para as relações racionalizando: por que essa pessoa? por que está bom? mas está mesmo? buscando sempre relações de causas e efeitos, ações e reações.. Mas, no feriado (re)lendo várias coisas, tive que aceitar: pares binomiais não servem para definir a vida! Entenderam? Vou repetir pra ficar claro: pares binomiais não servem para definir a vida! [tá bom, os textos não falavam da vida íntima, mas eu vou apropriar o conceito e utilizar livremente aqui]
E é isso, não sei se está clara a relação, mas ficar esperando coisas muito lógicas, e cenas exatamente iguais as ideais só atrasa nossas vidas. Fica-se esperando, deixando de ver as cores, sentir o vento pra esperar algo que nem se sabe se virá, será, existirá. Não dá, não pode, não deve, não para tudo isso! O perfeito, ideal, idílico, não existe, não é atingível ou factível. Não sei vocês, mas eu acabei de jogar o rascunho fora e sexta-feira me parece ser um ótimo dia para uma atitude dessas!

domingo, 29 de agosto de 2010

Borboletou

Tive que voltar rapidamente, para narrar o incrível feito do tapa-olhos! Não só dormi linda e confortavelmente no breu, como o tapa-olhos também funciona como redutor de ruídos. Tá, exageros a parte, e desconsiderando o incrível cansaço, o fato é que meu "projeto Luísa" deslanchou.
E eu, que adoro coincidências, vi surgir hoje no meu twitter a seguinte frase: Eu não me pergunto quem sou para não ter que mudar. Tarde demais Carpínejar, ontem eu me perguntei e já comecei a tentar responder! Mas como sou uma pesosa calma, não me desesperarei perguntandno por que isso não apareceu ontem, apareceu hoje pra eu saber que isso não pode durar pra sempre.
Bom, a pessoa que existia até ontem, simplesmente, "borboletou, e agora"?! Espero que Carpinejar nos próximos dia se comunique comigo novamente, mesmo que sem saber, e me ajude, porque é tarde para minha pessoa, e deve existir um conselho pra quem já se perguntou quem é. [espero que haja] Ou então o que será de mim?! Será o fim do fim?! Calaro que não, abandonar aquela situação era algo necessário, os sonhos dali já não eram os que tenho.
Mas tudo bem, afinal, tá interessante me repensar e tal e coisa, mas como eu entendi hoje, uma hora o processo deve ser interrompido, ou deixarei de viver pra ficar simplesmente pensado no que já vivi. E aí, possivelmente, acordarei um dia, daqui uns anos, tendo certeza que "agora tenho saudades do que não fui". Isso é poético, e belo, mas não deve ser bom de se constatar.

ps: diz o ditado que pra bom entendedor meia palavra basta, assim, pra a quem me conhece sabe bem o tanto de coisas que gosto que teve nesse único post.

sábado, 28 de agosto de 2010

Fechando os olhos pro mundo

Algumas coisas movimentam nossas vidas, a minha, tal qual a economia, se movimento com compras!
Parece fútil, eu sei, mas numa vida sem muitos romances, as endorfinas liberadas pelas compras são fundamentais! Ok, não é só disso que vivo. Adoro programinhas culturais não muito cheios, mas isso fica pra outro dia...
Hoje fui ao Pátio e lá as lojas não me permitem exercer esse feliz momento da minha vida -comprar- já que tudo lá tem três dígitos, e poucas vezes  primeiro é 1. Isso me entristece tanto, afinal eu fico improdutiva economicamente falando, e aí mais do que apenas eu ficar triste, o sistema também fica.
Mas tudo bem, eu comprei uma coisa que me auxiliará muito a suportar essa realidade [calma, não são medicamentos], na verdade modificará a minha forma de enxergar. 
Comprei pra mim, na Puket, esse belo tapa-olho. Como ele me ajudará a ver a realidade de outra forma? Simples, deixarei de ver.  É de algo nesse sentido que preciso [ou seria precisamos?].  Afinal se eu não conseguir mais ver essas "tentações" poderei me concentrar mais firmemente naquelas dúvidas constantes e individuais. Quem sou? Por que sou? O que quero?... Questões que você só pensa quando consegue se desligar das coisas materialmente atrativas. 
A bem da verdade, essas questões são mesmo muito mais importantes de se pensar e tratar. Ainda que através do exercício do meu potencial de compra eu finalmente posso me dedicar ao "projeto Luísa", e pensar não só a formação da identidade do homem brasileiro mas pensar a minha, que devo confessar me parece muuuito mais importante hoje! 
Tapa-olhos nas mãos, lá vou eu me pensar historicamente. Acho que alguns giros hermenêuticos serão possíveis! [risos]

ps: ontem no show da Aline Calixto, quando ela cantou o clássico "Fita Amarela", eu fiquei pensando quantos metros de fita amarela serão necessários nos enterros atuais.. Isso não é piada.

domingo, 15 de agosto de 2010

À la Pimenta Biquinho

fotógrafa: Luísa Araujo
É assim que se pode resumir o clima do fim de semana, tão gostoso quanto a pimenta biquinho. Teve um ardor, mas é aquele gostosinho, tanto que podia ser servido como porção de tira-gosto, ou junto do arroz pra dar um tchan, talvez como uma salada...
Mas é incrível pensar que existam coisas como a pimenta, que mesmo tento sabor picante agrada as pessoas, e eu não estou falando só de alimentos. O picante nas relações humanas costuma ser associado ao sexo, por ter sido considerado um afrodisíaco durante certo tempo, não é essa a associação que quero usar. Quero dizer das pessoas e relações que aparecem e continuam na nossa vida dando essa sensação de agrada e desagrada simultaneamente.
E aí o que fazer? Bom, recomendo que experimente e aí perceba o seu paladar, se maior for a sensação de prazer ótimo(!) mas se o incomodo com o gosto for enorme e seu rosto se contorcer numa careta melhor parar já! Sinal vermelho-cor-de-pimenta! Se tratando da pimenta alimento é bem mais fácil de resolver, confesso, porque aí o sujeito que fez careta toma vergonha na cara e não prova mais nenhuma pimenta. No entanto, se tratando das pessoas, claro, é mais difícil. Bom eu costumo me fazer de exceção, minha característica de ultra racionalizar [não sei escrever isso na nova regra] as minhas relações faço o mesmo exercício do alimento: provo, gostei = continuo, não gostei = cuspo, jogo fora, e nunca mais provo. Só que a exceção só serve pra confirmar a regra.
Aí, o que vejo acontecer é justamente o que eu não gostaria. Lá se vão minhas amigas, algumas conhecidas e outras tantas desconhecidas vivendo amores e paixões que as deixam sempre com o amargo na boca, a garganta queimando e a careta no rosto. E elas todas formam uma enorme fila.
Não tenho a pretensão de aconselhar a todas que simplesmente joguem todo o vidro de pimenta fora, porque sei bem que por pior que seja a queimação amor não se esquece com um copo d'água garganta abaixo. Mas se for pra arder, que seja como a pimenta biquinho, que é suave ao ponto de se comer toda uma compota de uma só vez!
Ao contrário da pimenta [alimento] que traz benefícios a saúde, com a liberação de endorfinas, tem efeito como antioxidante e cicatrizante, seu similar do campo afetivo não apresenta nenhum desses efeitos positivos. Não sei citar um só caso de todos que li em revistas destinadas ao público feminino, casos que ouvi em banheiros, de amigas, de filmes e novelas que vi etc, que depois de tanto sofre numa relação à la pimenta malagueta (arrrgh!) a "donzela" em questão tenha saído mais feliz, jovem, ou coisa do tipo.
Afinal, já faz algum tempo que Camões nos disse: "Amor é fogo que arde sem se ver/ é ferida que dói, e não se sente".
Então moças, por favor, comprem uma bandejinha de pimenta biquinho e façam uma bela porção! Para as que preferirem um bom drink fica a sugestão que peguei em outro siteCAIPIRINHA DE TANGERINA COM PIMENTA-BIQUINHO (4 doses)

80 g de pimenta-biquinho
50 g de açúcar; 200 ml de cachaça 
20 ml de xarope de banana
1 pitada de sal; 2 tangerinas sem caroços
Bastante gelo

1 Machuque a tangerina com o açúcar e 1/3 da pimenta-biquinho. 2 Incorpore o xarope de banana, sal, cachaça e gelo. 3 Mexa bem. 4 Adicione a pimenta restante, inteira, e sirva imediatamente.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Os minutos finais


Não eram nem 6h20 e eu já estava acordada -quase milagrosamente é verdade, mas estava. Levantei, tomei uma vitamina e bora malhar. Li antes de ir pra aula, chequei as bibliografias indicadas.. tudo corria bem! A primeira aula foi um sucesso de público e crítica, a segunda também, e a terceira não existiu. Ir embora mais cedo é ótimo, e de brinde me dei um sundae de morango. Tudo tão bonitinho, no lugar.
E eis que de repente tudo muda, as 21h quando fui preparar um jantar se iniciou uma guerra particular em casa e tudo foi em bora, em menos de 5 minutos a pessoa que cantarolava passou a chorar compulsivamente, e na impossibilidade de me consolar comprando R$600 em sapatos acabei por aqui comendo meia lata de leite condensado [que virou brigadeiro] e ouvindo músicas tristes.
A minha sensação é de final de campeonato perdida no último minuto na prorrogação, um dia todo tão tão e justamente no fim, que costuma ser o melhor [como a minha última colherada de brigadeiro], tudo foi revirado de ponta cabeça e juro que se estivesse com o exemplar de "A Arte de virar a página" nas mãos ele teria sido arremessado na parede! Ufa, ele não estava e quem sabe amanhã ele volte a ter graça para minha pessoa. Afinal, foi isso que ouvi na aula de hoje: devemos resignificar as coisas a nossa volta, é isso que vou fazer!

Melhor dormir, vai que amanhã o dia nasce melhor. 

ps: pensando bem o saldo nem foi assim tão negativo, já pensou se eu tivesse, na tentativa de me consolar, passado no cartão de crédito R$600 só em sapatos?! 

domingo, 8 de agosto de 2010

"Pois não há lugar melhor que BH" ?

Confesso não ter percorrido nem metade do trajeto cantado, mas mesmo assim BH é realmente bela. Não sei se são as curvas de Niemeyer, a Pampulha, a Savassi, os ipês.. só sei que gosto! 
Mas como em qualquer outra relação, sei -e devo- reconhecer as falhas, afinal por mais que se ame o namorado, a família, os amigos, sabemos exatamente qual o defeito de cada um que mais nos incomoda e não seria diferente com a cidade em que vivo.
Eis que sem mais delongas apresento um dos aspectos que mais me afligem: o trânsito.
Muitos carros e tráfego intenso toda grande cidade tem, mas BH está em um patamar assombroso! Sem citar dados e incluir gráficos comparativos [não tenho a pretensão de fazer aqui uma queixa formal ou um artigo] posso assegurar que o caos comanda e gerencia o trânsito da cidade. Se não for o caos certamente é seu amigo Murphy.
Pouco importa o dia da semana, o horário, a estação do ano ou a fase da lua! Se você não sair de casa com antecedência e muito bom humor seu dia está fadado a começar mal. E também não faz diferença se você está a pé, de carro, moto, ônibus, bicicleta, patins ou patinete [desaconselho os três últimos, não apenas pelos aspectos geográficos, mas por questão de segurança]. Todos parecem ignorar ou esquecer vários dos artigos do Código Brasileiro de Trânsito, CBT, e digo todos pois não se trata apenas de motoristas de carros de passeio, ônibus, motocicletas mas também dos pedestres. O descumprimentos de coisas simples como a utilização de seta, até casos mais graves como o desrespeito da sinalização [que inclui desde o avanço de sinal até estacionar ou atravessar em local proibido]. 
Eu de segunda a sexta costumo ter uma vida de pedestre e usuária do -péssimo- transporte público e aos finais de semana utilizo meu carro, confesso que em nenhuma das situações consigo achar o trânsito belo-horizontino bom. É completamente cansativo e destrutivo, tenho certeza que vários chefes, pais, mães, maridos e esposas têm seu comportamento alterado após passar algumas horinhas no detestável trânsito, isso acontece comigo e minha família. Um exemplo, para terminar, da minha casa até a faculdade são apenas 6,5km e eu gasto no mínimo 45minutos. Como isso é possível? Só Deus para explicar, porque a Bhtrans...

sábado, 7 de agosto de 2010

Planejando -mal- uma sexta-feira

O dia começou cedo, com café light, academia, leituras, faculdade, e quando finalmente a última aula acabou e o relógio anunciou 19h comecei a pensar qual dos planos poderia ser executado. O Balaio logo foi descartado, barzinho com tira gosto também -acreditem a vida amanhã/hoje começa cedo- e por fim, por volta das 23h conclui que o jantar com a família também não seria possível... Cogitei a possibilidade de assistir um filme, uma comédia romântica -quem sabe Vestida para Casar pela infinitésima vez-, chorar minha solidão, comer, mas foi nessa hora que me lembrei que o dia havia começado pelo lanchinho light e academia e que não quero essa vida para sempre... Enfim, vários planos e nenhum executado com sucesso.
Conclusão da noite: com no mínimo três planos muito possíveis, todos se tornaram impossíveis e nenhum deu certo!
Por último até pensei em ler um dos milhões de textos para a semana que vem, mas... consegui em casa, com o auxílio da internet e da Marcela, encontrar informações importantíssimas e desconhecidas do meu horóscopo, ascendente, mapa astral e afins.
Tá, não sou exatamente a pessoa que mais crê nisso. Mas meu espanto diante das previsões e afirmações quanto a minha pessoa resultou em algo como três horas pesquisando e lendo freneticamente. Dentre os diversos sistes utilizados para o auto-conhecimento o que mais acertou, e nos impressionou, foi o Personare. Simplesmente incrível! E o mais legal, é que eles já devem prever o choque das pessoas diante do que diz um simples mapa astral, no qual você diz apenas local, data e hora do nascimento, pois colocam lá o link para que se disponibilize aos seus amigos seu próprio mapa. Algo como, "não, você não está tendo alucinações, mostre aos seus amigos e peça a eles suas opiniões, e confirme que de fato as características listadas se parecem com as suas".
Ah, foi bem divertido e interessante. Agora se pessoas crentes em astrologia de BH souberem de uma pessoa séria e idônea que faz mapa astral, por favor, me fale. Curiosidade imperando... e como dizem que ela mata e eu não quero morrer, melhor me consultar.

ps: amigos, se acharem pertinente comentem se o meu mapa tem a algo semelhante a mim ou eu simplesmente tive alucinações.

domingo, 1 de agosto de 2010

Preparando para o retorno

É, férias são ótimas mas acabam!
Hoje, como último dia de férias eu tinha todo o planejamento armado: levantar cedo, ler o jornal, almoçar fora, show de jazz, reencontro com amigos... pena que nada deu certo. Acho que foi um preparativo para a retomada da rotina, afinal é no cotidiano que se planeja fazer uma lista de coisas que tende ao infinito e, com muito esforço, se consegue algo inferior a metade.
Mas para me preparar para um incrível semestre cursando oito matérias -algo que nem de longe lembra o primeiro e tranquilo semestre com apenas três- contarei com o apoio inestimável do meu novo caderno, dos quatro livros que consegui ler nas férias e, do último, mas não menos importante, do meu notebook.
Como essa simples máquina consegue modificar tanto a vida de uma pessoa? Tá, eu reconheço, não é assim tão simples, mas como pode mudar tanto?! De um dia para o outro não me vejo sem atualizações ainda mais constantes no twitter, orkut e afins, sem a possibilidade de saber a todo momento o que acontece, lendo muitas reportagens, inclusive as inúteis e sem sentido, e sem acompanhar outros blogs e crônicas de diversos autores. Ok, eu já fazia isso antes mesmo do meu lindinho chegar, mas agora esse meu impulso, que até me escapa ao controle em alguns momentos, está mais forte.
Mas como todo recomeço envolve alguns rituais de passagem que incluem desde promessas, a planos e projetos vou despejar aqui alguns dos meus:
1. ler todos os meus 6 livros que estão no armário a minha espera, para assim poder ler os outros todos que peguei emprestado
2. seguir com a academia sem as várias faltas do primeiro semestre
3. marcar minhas consultas médicas e não desmarcá-las ou aplicar o velho, e conhecido, golpe da  remarcação
4. não permitir que para o cumprimento acadêmico do semestre eu comprometa a execução dos itens 2 e 3, eles são prioritários
5. novos itens podem ser adicionados à lista, mas não podem ser criados itens que se oponham ou contradigam o disposto nos itens 2, 3 e 4.

É isso.

ps: preocupada com a minha futura lista de propósitos para o ano novo...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Redescobrindo meu blog

Estava em em casa, sim, sexta a noite em casa, e resolvi comentar num blog e para minha surpresa nesse momento descobri que tinha o meu.
Incrível, vai saber o que se passava na minha cabeça naquela noite de 2008 que me fez concluir que o melhor a se fazer era criar um blog para de manter as pessoas informadas do que ando fazendo e pensando. Só sei que hoje, por bem menos, acabei (re)descobrindo o Pensando Alto!
O fato é que tanto tempo depois talvez seja mesmo a hora de me render e voltar a publicar as coisas que penso [risos]. Só lamento que não tenha sido no início das férias, quando podia dedicar mais tempo à tarefa de reinauguração [é assim mesmo que se escreve agora?!], mas de qualquer maneira agora que me lembrei que tenho um blog "que eu gosto e que é só meu" virei com alguma regularidade, com intervalo inferior a dois anos. #juro